Por: Octávio Degani (Brasil)
O Senado tem sido alvo de muitas denúncias logo após a posse de José Sarney. O primeiro a cair foi o então diretor-geral Agaciel Maia, que deixou o cargo por que ocultou em sua declaração de bens, uma mansão avaliada em cinco milhões de reais.
Na seqüência, a revelação de que a Casa pagou horas extras aos funcionários no mês de janeiro, apesar de não ter realizado sessões. O pagamento foi considerado legal, mas, alguns senadores determinaram à devolução do dinheiro, que será feita em dez vezes.
Outra situação derrubou o diretor de Recursos Humanos da Casa, João Carlos Zoghbi. Ele repassou aos filhos um apartamento funcional que recebeu para sua própria moradia.
Na semana passada, uma auditoria revelou a existência de 181 diretores na Casa e apontou que, metade das diretorias não eram necessárias. Desde então, o número já foi reduzido em cinqüenta. Com o corte, a economia foi estimada em R$ 400 mil / mês. Segundo o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), que determinou o corte imediato dos 50 diretores, esse aumento aconteceu ao longo dos últimos 12 anos.
Em discurso nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em São Paulo, nesta segunda-feira (23), José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a crise que a Casa atravessa se refere a uma estrutura burocrática do órgão e não à sua gestão. Sarney disse ainda, que o Senado fará uma pequena reforma antes da conclusão do estudo da FGV e prometeu corrigir os problemas.
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