quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Era da Informação

Por: Joyce Felipe (Opinião)

A era digital trouxe mais velocidade às informações que chegam até nós. Elas vem em maior quantidade (mesmo sem qualidade ou sendo informações vagas, primárias e imprecisas sobre o assunto). E nem sempre a quantidade de informações transmitida atualmente pelos veículos de comunicação é absorvida por nós. É o que Lasswell – aquele estudado em Teoria da Comunicação – chama de Disfunção Narcotizante, que fala sobre a quantidade de informação que nós é passada acaba nos levando ao alheamento. A informação chega até nós com mais velocidade, mas nossas capacidades cerebrais continuam as mesmas.

Os meios mudam cada vez mais rápido. A mídia mais recente é – ou talvez seja – a internet móvel, que acessamos através de celulares. Porém, não deixaremos de usar o computador; assim como continuaremos a assistir TV, ouvir rádio e ler jornais e revistas (a não ser que haja algum tipo de inovação que torne um desses muito obsoletos como aconteceu com o beeper).

Acompanhar essas mudanças deve ser um tanto complicado para os mais velhos. Os mais jovens (me refiro a crianças e adolescentes) tiram de letra. O pessoal de vinte e poucos anos, e alguns trintões, podem se considerar um pouco privilegiados por terem vivenciado um pouco da era analógica e o início da digital. Jogaram Atari pelo menos uma vez na vida, ganharam de Natal ou aniversário um Super Nintendo ou Mega Drive e hoje vão com toda segurança para a lan house jogar on-line.

Toda hora surge, na internet, uma novidade: orkut, Facebook, Second Life, Skype, Twitter. Acompanhar esse mar de novidades não é tarefa fácil. Ainda mais para os jornalistas e comunicólogos em geral. Isso porque, mais do que acompanhar, às vezes tem que estar na frente, na vanguarda dessas novidades.

Os meios de comunicação mais tradicionais são mais cautelosos com os novos meios. Seja o medo da diminuição das vendas dos jornais e da audiência, seja por acharem que Internet e sites de relacionamento não passassem de simples modismos, as grandes empresas de comunicação custaram a aderir as novas formas de relacionamento propiciado pela Internet. Acredito que o Twitter, com suas limitações de caracteres por postagens (e popularizado ainda mais as mensagens curtas e instantâneas), tenha conseguido quebrar esse preconceito.

O que falta, talvez, a esses conglomerados, é investir mais em idéias originais de relacionamento para manter – e atrair – leitores.

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