Por: Thaís Santana (Opinião)
Falando direta e objetivamente: as autoridades não podem usar o sistema de cotas como forma de consertar o sistema de ensino público do país. Trata-se de mais um recurso paliativo, prolongado até que seja colocado à prova mais uma vez, como acontece agora no Rio de Janeiro. A questão a ser discutida, na verdade, não é o sistema de cotas; é a reforma necessária das bases educacionais do país. Mas esta é uma questão estrutural, e, como disse, histórica. Trata-se de um debate que exige cautela e tempo e a participação de toda a sociedade.
A discriminação acontece muito antes do sistema de cotas. Ela começa, principalmente, nas divisões que nós mesmos fazemos ao dizer que, sem cotas, aqueles a quem elas são destinadas são incapazes de conseguir ingresso nas universidades. Cabe a nós o esforço de abandonar de vez o discurso e partir para prática. O Estado é só mais uma instância da vida em sociedade; nosso maior erro é acreditar que devemos permanecer aguardando, enquanto os homens da política fazem o resto. Questionar e, principalmente, ajudar o país a se mexer é nosso direito. Mais importante que isso: é um dever. Pensemos assim: já que o Estado não oferece o serviço, cabe a nós encontrarmos alternativas que resolvam o problema, por mais que saibamos que esse é o papel dos governantes que escolhemos.
Aqui acrescento outra questão: entrar pra uma universidade pública independe, a meu ver, de pobreza ou riqueza. Depende de mérito, estudo e dedicação. É um princípio, uma ação. Depende do movimento que o candidato a uma vaga faz em direção ao seu objetivo, buscando recursos, por mais que estes faltem. Isso explica porque tantos alunos, mesmo de alto poder aquisitivo, reprovam em diversas matérias e muitas vezes até trancam o curso por não obter rendimento adequado. Acontece com todos, independentemente de cor ou raça.
Anticonstitucional não é o sistema de cotas em si, mas sim o desrespeito à igualdade de direitos dos cidadãos prevista na constituição que ele causa. Noção e sentimento de igualdade que devem partir, também, daqueles que almejam ingressar na universidade pública e obter um ensino superior (nem tão) de qualidade.
A discriminação acontece muito antes do sistema de cotas. Ela começa, principalmente, nas divisões que nós mesmos fazemos ao dizer que, sem cotas, aqueles a quem elas são destinadas são incapazes de conseguir ingresso nas universidades. Cabe a nós o esforço de abandonar de vez o discurso e partir para prática. O Estado é só mais uma instância da vida em sociedade; nosso maior erro é acreditar que devemos permanecer aguardando, enquanto os homens da política fazem o resto. Questionar e, principalmente, ajudar o país a se mexer é nosso direito. Mais importante que isso: é um dever. Pensemos assim: já que o Estado não oferece o serviço, cabe a nós encontrarmos alternativas que resolvam o problema, por mais que saibamos que esse é o papel dos governantes que escolhemos.
Aqui acrescento outra questão: entrar pra uma universidade pública independe, a meu ver, de pobreza ou riqueza. Depende de mérito, estudo e dedicação. É um princípio, uma ação. Depende do movimento que o candidato a uma vaga faz em direção ao seu objetivo, buscando recursos, por mais que estes faltem. Isso explica porque tantos alunos, mesmo de alto poder aquisitivo, reprovam em diversas matérias e muitas vezes até trancam o curso por não obter rendimento adequado. Acontece com todos, independentemente de cor ou raça.
Anticonstitucional não é o sistema de cotas em si, mas sim o desrespeito à igualdade de direitos dos cidadãos prevista na constituição que ele causa. Noção e sentimento de igualdade que devem partir, também, daqueles que almejam ingressar na universidade pública e obter um ensino superior (nem tão) de qualidade.
Saiba mais:
Vote aqui:
O sistema de cotas é a única alternativa para permitir o acesso de negros, índios, estudantes da rede pública e deficientes físicos, entre outros, às universidades fluminenses?
( ) Sim. É um recurso mais imediato que não é inteiramente correto, mas resolve o problema.
( ) Não. Esta é uma discussão que leva tempo e deve envolver toda a sociedade, e não apenas os governantes.
Opine aqui:
Na sua opinião, o sistema de cotas resolve o problema do ingresso às universidades públicas fluminenses?
Nenhum comentário:
Postar um comentário