Texto original de: Camilla Fernandes
Texto revisado por: Aline Mendes
Mesmo com a decisão da Justiça em manter o sistema de cotas para o vestibular deste ano, a polêmica ainda está longe de terminar. Porque a lei de cotas levanta as seguintes indagações: é realmente necessário um sistema de cotas para fazer com que os menos favorecidos entrem para a universidade? Não seria melhor reformular o ensino fundamental? Fornecer cursos gratuitos para alunos dos colégios públicos para que estes estejam no mesmo nível com dos alunos do colégio privado?
O sistema de cotas funciona no Rio de Janeiro desde 2000, aqui ele reserva 45% das vagas para negros, indígenas, estudantes de escola pública, deficientes físicos e filhos de bombeiros, policiais ou agentes penitenciários que foram mortos em serviço. Tudo para que essa parcela da população que é tão discriminada tenha condições iguais para concorrer no vestibular público.
As cotas foram criadas pelo governo para dar chances a esses alunos. Só que ao diferenciar esta classe desfavorecida este sistema também acaba por desfavorecer aqueles que não fazem parte deste grupo carente. A cota até ajuda o jovem a entrar, porém se ele não tiver garra, confiança, e gosto pelo estudo não vai adiantar em nada, o mesmo vale para o jovem de classe alta.
O sistema de cotas tem bem o seu lado de discriminação, não só com os cotistas quanto aqueles que tentam o vestibular sem esse auxílio. Pois dividi o público em dois grupos: entre aquele que não podem entrar sem a ajuda do governo e aqueles que podem. O que é errado, pois já começa uma discriminação não só de cor como também a desigualdade para entrar na universidade. Pois com a cota, o vestibulando tem mais chance de entrar do que outro que esteja concorrendo - sem cota - de passar.
A solução para este problema, não é manter ou não o sistema de cotas. O governo tem que sim criar novos programas educativos, incentivar tantos alunos e professores para a educação. Tem que melhorar o ensino básico e fundamental, proporcionando uma bagagem cultural equivalente ao que é fornecido pelos colégios particulares. Assim o sistema de cotas não terá mais tanta força: porque todos os vestibulandos estarão no mesmo nível cultural e educacional.
- Comentários
A autora deixa claro, desde o príncipio, a sua opinião.Porém,faltou um esclarecimento maior do tema, apenas no penúltimo parágrafo,o texto esclarece para que servem as cotas.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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