Por Marina Araújo (Opinião)
A lei que fornece meia-entrada , Lei 4816/06, para estudantes que possuem a carteira escolar ou universitária, criada em Julho de 2006, que tem como objetivo a inclusão cultural, provoca polêmica desde quando ela não era aprovada pela lei, pois antes disto eram aceitas somente para estudantes que possuíam a carteira da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundários) e UNE (União Nacional dos Estudantes), mesmo assim, alguns estabelecimentos utilizavam este meio como uma estratégia de atrair o público e faziam exceções a quem somente possuía a carteira concedida pela instituição de ensino. Mas com a reclamação de alunos que reclamavam em ter que pagar R$25,00 para obterem a carteira das UNE e UBES a lei acabou sendo aprovada para qualquer tipo de carteira estudantil.
A lei é aprovada por muitos, desde estudantes e até as casas que promovem eventos que logo depois da aprovação da lei é notável que ocorreu um grande aumento do valor dos ingressos, o que sugere que em determinados casos é óbvio que o valor da inteira é cobrado na meia-entrada, fora a questão da isenção do Imposto de Renda e reprovada por outros, principalmente por produtores de eventos e o presidente da ABAPAE (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos) que afirmam que não ganham nada por isso e também fazem acusações pesadas as casas de eventos por conta da vantagem em cima da lei.
São classes que procuram defender seus próprios interesses, obviamente, os produtores e os artistas que realmente não ganham nada com isso e em contrapartida, os estabelecimentos que ganham vantagens. Mas poucos entram na questão da necessidade de determinados estudantes em pagar meia-entrada, alguns não sentem “pesar” o bolso ao pagar meia-entrada até porque antes da lei os ingressos eram mais baratos; o estímulo da falsificação de carteiras de estudantes, o que é comum de se ver; a ausência de pessoas que não tem direito a meia-entrada em eventos, pois também percebemos a quantidade maior de jovens e adolescentes em eventos o que também prejudica eventos destinados ao público de meia-idade, que na sua maioria não estudam e desistem de ir aos eventos. Concordo que a Lei deveria valer somente para estudantes da rede pública, que são os que mais necessitam de dinheiro para bancar eventos culturais.
Existem diversos fatores que podem derrubar esta lei ou modificá-la, o que não é feito e é muito suspeito, é mais fácil manter uma lei de meia-entrada, que favorece e muito financeiramente os estabelecimentos de lazer do que manter uma lei de cotas nas universidades que da vantagem somente a estudantes de baixa renda e óbvio que é mais importante do que uma lei de incentivo a cultura. Sim, ainda vivemos na sociedade onde é muito mais importante a política do pão e circo.
Saiba mais:
A meia-entrada desestabiliza a produção cultural do país
Diário de uma repórter: Polêmica sobre a meia-entrada
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